segunda-feira, 17 de maio de 2010

APACDPV - Jan 2009




A Dica!

"Pimpumplay” é a loja online de brinquedos e jogos pedagógicos e terapêuticos da empresa Encontros, Lda., sediada na Rua do carreirinho, nº 20, 2400-765 Amor, Leiria.
Pimpumplay surge da vontade dos seus promotores, que são especialistas da área do desenvolvimento humano, em fazer chegar ao público em geral as melhores soluções de produtos e informação para responder às necessidades de desenvolvimento do Ser Humano, nas suas diferentes fases.
O projecto desenvolveu-se em torno de uma plataforma de internet, pois quer ser um projecto para Todos os portugueses. Mais do que uma loja, a Pimpumplay quer definir-se como uma comunidade, um centro de partilha de "Pessoas para Pessoas."

Pelo Mundo Fora

Na sequência de um protocolo estabelecido com o Grupo SIFU Integração, passaremos a informar os nossos associados, que tenham recorrido aos serviços de orientação e encaminhamento do BIPP, das ofertas de emprego para pessoas com deficiência / incapacidade. Assim e dado o elevado número de pedidos de apoio na área da integração profissional, o BIPP enviará a informação relativa a ofertas de emprego para as famílias que tenham efectuado pedidos de informação nesta área.
As ofertas de emprego serão também divulgadas no nosso site (www.bipp.pt) na área das notícias, pelo que sugerimos que se mantenham atentos.
O Grupo SIFU tem como missão a inserção profissional e social de pessoas com deficiência ou incapacidade física, mental ou sensorial, mediante a prestação de serviços a empresas.
Esperamos que esta informação possa ser útil para a integração profissional e social das pessoas com necessidades especiais.

Tlf: 213180288
bancobipp@gmail.com

Testemunho: Tenho um Filho Surdo


O M. tem uma surdez neurosensorial severa e profunda; foi adquirida através do vírus da rubéola, durante a gravidez.
Os testes que fizeram aos seus reflexos, logo ao nascer, foram óptimos; o seu desenvolvimento era normal e reagia ao som, como as palmas, por exemplo.
Tudo parecia estar bem, mas os meses foram passando e a maneira dele comunicar, assim como o facto de não começar a falar, preocupava-me. Depois de algumas consultas e exames, tivemos a certeza: o meu filho era surdo; parte das células cerebrais que recebem ou descodificam o som tinham sido afectadas pelo vírus da rubéola e estavam mortas.
O médico aconselhou-me o aparelho, porque a pouca audição que ele tinha não era suficiente para aprender a falar, e a ter terapia da fala, que lhe ajudaria a pronunciar correctamente as palavras.
Antes dos três anos, o M. foi aparelhado e tinha terapia da fala duas vezes por semana. Desde então, tem sido uma luta para conseguir tudo o que ele tem direito: A Educação; Um lugar na sociedade.
Aos três anos entrou para a pré-escola, tinha apoio de uma educadora especializada duas vezes por semana, o que não correspondia ao mínimo dos mínimos desejados.
Ao ir para a primária as dificuldades aumentaram; com poucos professores especializados, os apoios eram cada vez mais reduzidos. Nós, os pais, não podíamos compreender porque tínhamos de depender da boa vontade de nos mandarem, do continente para os Açores, uma educadora especializada para apoiar três ou quatro crianças do conselho da Praia da Vitória, quando no conselho ao lado, Angra do Heroísmo, as suas crianças eram apoiadas por uma escola de educação especial, com uma equipa de educadores de infância, professores primários especializados em crianças surdas etambém, uma monitora de língua gestual. É inacreditável como as leis e burocracias deste país são absurdas, injustas e até irracionais, dificultando a vida de quem mais precisa.
Procurei os pais das outras crianças e, de acordo com os professores de educação especial, que eram sensíveis às nossas dificuldades, marcamos uma audiência com o Secretário de Educação Regional. Expusemos o nosso problema e o que pretendíamos – queríamos fazer valer aos nossos filhos o direito à educação, que tinham como qualquer outro cidadão. Hoje existe o núcleo dos surdos de Angra do Heroísmo que, ao contrário de alguns anos atrás, tem alunos até integrado numa escola primária, onde os surdos comunicam com os ouvintes, sendo esta apoiada por uma das professoras do núcleo de surdos que passou a trabalhar no ciclo para poder apoiar as crianças mais velhas que foram passando até ao ensino secundário.
O M. sempre foi uma criança muito meiga e querida por todos que com ele trabalharam e, em qualquer escola onde foi integrado, fez amigos e era admirado pela sua inteligência, perspicácia e sempre muito sociável e alegre. Por estar sempre alegre e bem disposto, o nome gestual dele é o gesto que significa “alegria”. Uma das paixões do M. são os carros. Mal começou a ler já dizia as marcas dos carros mal os avistasse, também adora futebol e nos jogos de computador é o campeão lá da casa.
Agora a paixão dele são as meninas, como qualquer outro adolescente da idade dele. Às vezes, chega todo contente e conta-me que uma menina muito bonita olhou para ele e sorriu. Fica felicíssimo! Outras vezes, fica preocupado e pergunta-me se será que vão gostar dele por ser surdo, mas consigo convencê-lo de que as meninas espertas preferem os meninos simpáticos, inteligentes e educados, não se importando que sejam surdos. Assim lhe passa esta pequena “nuvenzinha negra”.
Assim eu conseguisse afastar todas as nuvens negras da vida dele… Tenho sorte de o M. ser bilingue e poder comunicar oralmente, mas mesmo assim a língua gestual é muito importante para ele. Quando o M. estava no núcleo de surdos, os pais tinham uma hora por semana, durante o ano lectivo de aulas, de língua gestual – o que é muito pouco para aprender uma língua.
A língua gestual é fundamental para os surdos e suas famílias, mas quantas escolas darão língua gestual? No quinto ano é obrigatório aprender uma língua estrangeira. Será que é mais importante perguntar a um turista o que quer comer ou se está satisfeito com o quarto de hotel, do que perguntar a um cidadão surdo português o que sente ao chegar ao hospital, o que precisa ao chegar a um banco ou simplesmente qual a cor da camisa que deseja comprar?
Preocupa-me o futuro dele. Depois do 12º ano como será? Os exames de acesso às universidades são feitos a nível nacional sem qualquer distinção, sendo para muitos surdos impossível passar. E os que conseguirem chegar ao ensino superior? Alguém se lembra de lhes facilitar a vida, garantindo-lhes intérpretes? São muitas “nuvenzinhas negras” que estão por vir. Espero que juntos consigamos afasta-las…

(Sabia que em Portugal existem 150 mil surdos?)


A Língua Gestual (LG) é a Língua Materna da Criança Surda

As línguas gestuais das pessoas surdas sempre foram vistas como uma linguagem rudimentar, um código inferior.
Uma vez que a Língua Gestual é uma Língua Visual, esta é transmitida pelo espaço tridimensional, em que a configuração, localização e orientação das mãos, o movimento corporal e a expressão facial ilustram todo o esplendor que os rodeia.
A LG possui, como qualquer língua oral, uma “Fonética” (mas em vez de sons articulados temos gestos articulados), uma “Fonologia”, um Léxico, uma Sintaxe, uma Semântica (efeitos regulares de significado das palavras e frases) e uma Pragmática (modos de utilização da língua adequados à Expressão individual e à comunicação entre pessoas) que lhe são próprias. “Uma língua é uma língua. Todas possuem uma gramática e uma comunidade de falantes nativos e uma cultura!”
A LG deve ser a primeira Língua da comunidade surda e em muito contribui para o pleno desenvolvimento e integração na sociedade. Para acabar com o isolamento a que esta comunidade está sujeita, os pais e famílias mais próximos devem infalivelmente aprender a comunicar com a criança. A recusa sistemática dos pais em fazê-lo, originará a segregação da criança que apenas olha o que se passa em seu redor, sorrindo, sem qualquer tipo de comunicação, promovendo danos psíquicos, agressividade e/ou acanhamento, deteriorando gravemente o seu desenvolvimento.
A Audição é comensurada em decibéis (dB), uma medida respeitante à intensidade do som. A zero decibéis corresponde a audição normal e uma perda auditiva até 25 decibéis não é vista como uma deficiência significativa. Quanto maior o número de decibéis essenciais para que uma pessoa responda ao som, maior a perda auditiva. Assim sendo, uma pessoa surda é aquela cuja audição falha acima de 70 decibéis, não conseguindo alcançar, sem ou com a utilização de um aparelho auditivo, a fala através do ouvido.
A surdez distingue-se, consoante o período em que surge, como Surdez pré-lingual, quando se nasce surdo ou perde-se a audição antes do desenvolvimento da fala e da linguagem; e Surdez pós-lingual, se a audição é perdida após o desenvolvimento espontâneo da fala e da linguagem.
Outorgar, logo que os sintomas da surdez são descobertos, que se empurre a comunicação oral à criança, com os sons que não entende e/ou não distingue, pode ser fatal para ela. Os ruídos e outras vibrações atrapalharão ainda mais a criança, diminuindo o seu desenvolvimento. “Quanto mais se insistir, pior para a criança. Vamos comunicar com as crianças através daquilo que a rodeia, aquilo que vê, que quer mexer, pedir, com que e com quem quer brincar.
O desenvolvimento começa aqui, ou seja, através da VISÂO e não da AUDIÇÂO! Na altura certa e no tempo certo a criança começará a falar. O que conta à partida, é comunicar com a criança. Ensinando-lhe a transmitir o que deseja, ensinar-lhe a pedir, a brincar, etc… Mostra-lhe que é uma entre iguais!”1Para as crianças surdas a linguagem gestual, como língua natural, é um utensílio auxiliador da significação pela linguagem receptiva e expressiva. A linguagem escrita, quando desenvolvida, é um precioso auxiliar da memória.
Os meios que a pessoa surda utiliza para a comunicação podem ser a audição parcial ou quase nula, o conhecimento da língua oral falada e escrita e o conhecimento da leitura lábia. O ensino da criança surda deve começar pela sua Língua “materna”, prosseguindo com a escrita e só depois com a Língua oral do seu país (Comunicação Total ao serviço da educação bilingue/multicultural da criança surda), deixando-a comunicar livremente, sendo os ouvintes a aprender a comunicar com ela.
Os instrutores e monitores desta língua pertencem à comunidade surda e ensinam a comunidade ouvinte, que não conhece a língua de sinais, a criar uma ligação com os surdos. Os pais e professores dessas crianças têm a necessidade de aprender a LG e de aperfeiçoar o domínio desta Língua, para poderem comunicar com os seus filhos e alunos, educando-os como cidadãos responsáveis, cultos e produtivos. No caso dos intérpretes de LG existe a Língua Gestual Internacional, que serve para as pessoas surdas de diferentes países comunicarem entre si.

Utente do Mês: Luís


O Luís foi eleito utente deste mês, porque desde o seu início que tem vindo a portar-se sempre bem.
Destacam-se a ausência de birras nas horas de comer e o facto de não pedir a sua plasticina, nem de a ir buscar sem autorização.

Muito Bem Luís!

A preparar o mês do trabalhador...


Iniciámos o treino da actividade pré-profissional com a Marta, Esmeralda e Elisabete e recebemos uma nova auxiliar de reabilitação, a Andreia. Que ela e a Ana sejam bem-vindas à nossa Associação e saibam abraçar com dedicação e gosto o nosso projecto.
Além disso estivemos envolvidos na preparação dos nossos Maios, Tina Turner, Michael Jackson e Elvis Presley, preparamos a prenda para as nossas mães e fomos visitar a feira do livro na E.B. 1/J.I. da Ribeira da Areia.